Ministro Weintraub tem razão: Universidades brasileiras se transformaram em bocas de fumo

Após as declarações do Ministro da Educação, Abraham Weintraub, sobre consumo e tráfico de drogas dentro de Universidades públicas, movimentos estudantis e reitores reagiram ”indignados” as falas do Ministro, que são facilmente provadas com uma pesquisa rápida no Google.

Os reitores de nossas ”brilhantes” Universidades federais não estão tendo dias fáceis com a gestão do Ministro Abraham Weintraub á frente do Ministério da Educação, cargo que ocupa desde a saída de Ricardo Vélez Rodríguez no início de 2019. 

Desde que assumiu o cargo, Weintraub vêm dando uma guinada de 360 graus na orientação da pasta, motivo pelo qual o Ministro vêm sendo atacado por reitores esquerdistas e movimentos estudantis, protagonizando embates contra a UNE(União Nacional dos Estudantes), que trata a Universidade pública do país como sua propriedade privada e palanque político para partidos de extrema-esquerda, que por sua vez controlam a entidade.

O novo embate recente se deu quando Weintraub afirmou em entrevista que as Universidades federais do país estão repletas de plantações de maconha. 

“Foi criada uma falácia que as universidades federais precisam ter autonomia. Justo, autonomia de pesquisa, ensino. Só que essa autonomia acabou se transfigurando em soberania. Então, o que você tem? Você tem plantações de maconha mas não são três pés de maconha, são plantações extensivas”afirmou o Ministro da Educação ao Jornal da Cidade Online.

Logo após a fala do Ministro choveram críticas e todo tipo de ”repúdio” as suas declarações, com jornais tentando ridiculizar suas afirmações, alegando que são ”sem fundamento” e um ”ataque inadmissível” as instituições de ensino superior do país. Weintraub chegou até a ser convocado a prestar esclarecimentos sobre sua fala na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados.

A Andifes (Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior) afirmou que as universidades públicas são ”o berço da produção de ciência e de tecnologia do país” e que, por serem um “verdadeiro patrimônio do povo brasileiro”, devem ser valorizadas, cuidadas e incentivadas(curiosamente, quando são os próprios alunos que estão vandalizando a Universidade nunca se vê qualquer declaração da Andifes á respeito). 

A UNE também reagiu, rechaçando a declaração do Ministro(Sim, a mesma UNE que promove festinhas regadas a drogas em DCE’s universitários). Em nota, a UnB afirmou que ”repudia veementemente a associação equivocada da imagem da Universidade a práticas ilícita””O fato é ainda mais grave quando ocorre de maneira recorrente e por parte de um gestor público cujo papel é o de promover a educação, em seus diversos níveis”, continua o comunicado enfezadinho emitido pela Universidade. 

”Associação equivocada”? Bom, vamos aos fatos. No ano de 2017 a Polícia Civil apreendeu uma pequena plantação de maconha em um matagal no terreno da UnB, que era cultivada por dois estudantes de engenharia e outro jovem que já era formado em administração. Weintraub fez menção ao caso em uma publicação em sua conta no Twitter, o que fez os reitores da UnB arrancarem os cabelos.

No twett o Ministro mencionou o caso ocorrido em 2017 na UnB.

Os estudantes da UnB detidos, que tinham entre 21 e 29 anos, estariam cultivando a maconha de forma associada no local que ficava dentro da instituição. Na plantação, policiais acharam garrafas PET com água para regar o vegetal, adubo e veneno. 

No celular dos jovens, também foram encontradas fotos mostrando o desenvolvimento da planta. De acordo com a polícia, um deles já tinha antecedente por posse de droga. Na delegacia, foram autuados por “tráfico privilegiado de droga” e cultivo para consumo próprio.

Fotos que mostram como os 3 alunos da UnB estavam empenhados em desenvolver ”pesquisas científicas”.

Em outra publicação no Twitter denunciando tais casos, Weintraub mencionou também o episódio onde cinco pessoas foram presas no campus da Universidade Federal de Minas Gerais(UFMG) em Belo Horizonte por tráfico e produção de drogas.  

Uma investigação conduzida pela Polícia Civil de Minas Gerais apurou que um laboratório da UFMG estava sendo usado por traficantes para a produção de drogas sintéticas. Na ocasião, cinco criminosos foram presos, acusados de traficar drogas dentro da instituição, entre eles estava um ex-estudante de engenharia química da universidade, que produziria as drogas sintéticas por encomenda. 

Um vídeo registrado em 2015 mostrava o comércio de cocaína e LSD dentro da UFMG, além do consumo livre de maconha. Entre as drogas que estavam sendo comercializadas dentro da Universidade estavam o ecstasy, maconha, haxixe e substâncias de alto poder alucinógeno. Os traficantes se passavam por estudantes para ter trânsito livre na Universidade e não tinham dificuldade para circular com as drogas, principalmente dentro de diretórios acadêmicos (DAs) de cursos.

Em outro caso, imagens revelaram que a Universidade Federal de Uberlândia, no Triângulo Mineiro, havia transformado-se em um movimentado ponto de tráfico e consumo de drogas. Na Universidade Federal de Santa Catarina(UFSC), estudantes promoveram em 2014 um ”ato” chamado ”maconhaço”, como uma forma de ”protesto” após a polícia ter prendido estudantes que portavam drogas dentro da instituição. Em 2015, na Universidade Estadual do Rio de Janeiro(UERJ), foi organizada uma ”marchinha” da Maconha pelo coletivo Marcha da Maconha UERJ.

Na mesma UERJ, o ativista e Policial Militar do Rio de Janeiro, Gabriel Monteiro flagrou uma ”festinha” acontecendo dentro de um prédio da Universidade. No vídeo é possível ver paredes da instituição pichadas, sujeiras e camisinhas pelo chão, além de alunos consumindo bebida alcoólica e drogas.

Em 2011, na Universidade de São Paulo(USP) três jovens foram detidos na Cidade Universitária da instituição por usar maconha, o que desencadeou uma série de protestos e manifestações por parte dos estudantes(que novidade). Em abril de 2017, novamente na USP, dois estudantes foram detidos dentro do alojamento da Universidade por suspeita de tráfico de drogas. Foram apreendidos mais de 400 gramas de maconha, 48 comprimidos de ecstasy, 185 micropontos de LSD e uma balança eletrônica. 

Outro caso também ocorreu na USP mas dessa vez com um fim trágico. Um estudante de 20 anos chamado Victor Hugo Santos, em setembro de 2014, foi com os amigos a uma festa de comemoração de 111 anos do Grêmio Politécnico da Universidade. Nesse dia, o estudando ingeriu LSD, consumindo altas doses da droga. Em um momento de descuido, ele se perdeu de todos os seus amigos e, quando eles foram perceber, já era tarde demais. Victor estava perdido pelo campus. Dias depois do ocorrido, foi encontrado morto, boiando na raia olímpica da Universidade de São Paulo.

Uma pesquisa divulgada no ano de 2010 pela Senad intitulada Levantamento Nacional sobre o Uso de Álcool, Tabaco e Outras Drogas entre Universitários das 27 Capitais Brasileiras mostrou que 48,7% dos estudantes universitários alegavam já ter usado drogas ilícitas como maconha, cocaína e ecstasy. A pesquisa foi realizada nas 27 capitais brasileiras. O índice divulgado pela pesquisa mostra que os universitários brasileiros apresentam consumo de drogas mais frequente do que outras parcelas da população.

Estudar e desenvolver pesquisa científica? Não obrigado, vamos fazer marcha pela maconha!.

Garrafas PET, adubo e veneno achados juntos com plantação de maconha na UnB — Foto: Polícia Civil/Divulgação

Pelo jeito, ainda que nossos estudantes saíam das Universidades sem saber sequer interpretar um texto e muito menos habilitados para serem bons pesquisadores e profissionais no mercado de trabalho, pelo menos sairão já habilitados para serem futuros traficantes de drogas…

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