O veneno do Politicamente Correto

O ritual linguístico imposto pelo politicamente correto no mundo e seus implacáveis censores (os famosos justiceiros sociais; seres impolutos que tentam te impedir de contar uma piadinha qualquer – por ela ferir algum sentimento alheio – mas que ao mesmo tempo incensam genocidas com a naturalidade de quem toma um sorvete em um dia de verão) empurraram a sociedade para um rumo tal que, falar verdades tornou-se praticamente um ‘crime hediondo’. Um delito imperdoável e, sobretudo, indesejável. Sujeito a pena máxima da execração pública.

Existem cargos que pedem um certo trato diplomático com as palavras e uma liturgia retórica específica no sentido de minimizar a rudeza do evento e/ou situações. Entretanto, isso tem sido explorado de forma doentia por aqueles que, cinicamente, dizem defender a democracia e seus postulados, dentre os quais a liberdade de expressão.

Sem qualquer pudor, em 

em defesa de qualquer tolice ou suscetibilidade, tentam calar a todos, impondo uma linguagem padrão – criada artificialmente nos laboratórios da engenharia sócio-comportamental para redescrever o óbvio, tornar palatável o veneno e adestrar a massa.

Assim, ficam escandalizados e não admitem as manifestações mais, digamos, explosivas e diretas vindas de alguns líderes mundiais como Bolsonaro e Donald Trump, por exemplo.

Quem não se lembra quando o presidente americano, ao se referir a alguns países, usou a expressão “buracos de merda”? Ele falou uma verdade fora do protocolo do qual estamos acostumados e já – completamente – domesticados. Foi um escândalo internacional! Redações inteiras pediam “justiça”, a pena máxima para o homem laranja.

Não viram que, muito mais importante do que seu “modo direto/peculiar” de se manifestar, seria a discussão sobre a real situação desses paisecos. Republiquetas que possuem regimes totalitários, miseráveis, corruptos e dominados, via de regra, pelo engodo socialista – que causa males enormes ao povo.

A abordagem não deveria ser a oratória do homem mais poderoso do planeta, mas o que ele denunciou: a situação precária dos infernos latino-americanos e africanos.

Apegaram-se à forma e descartaram o conteúdo. A tática é astuta! Ela permite que se forme uma cortina de fumaça em torno do tema. Tanto é verdade que, apenas foram questionados os ‘maus modos diplomáticos’ de Donald Trump.

Eu sei, eu sei, “palavras machucam” e precisamos ser educados. Afinal, a geração que idolatra genocidas e ditadores de toda ordem não está acostumada com a realidade trazida pelas palavras sem rodeios. Ela prefere seu dialeto infantilizado, o uso do eufemismo para perdoar seus genocidas de estimação a ouvir sobre a realidade nua e crua dos buracos excrementosos que se multiplicaram no planeta em razão da ideologia podre que insistem em defender com paixão.

Infelizmente, a exigência atual encontra muitos adeptos. Muitas pessoas têm horror e medo de enfrentrar seus censores morais. Mas, vez por outra, encontramos indivíduos que não se dobram às exigências da cartilha do politicamente correto.

No caso de Trump, por exemplo, a verdade dita incomoda bem mais do que o enorme sofrimento humano vivido por estes povos que, por certo, adorariam ter um líder como Donald Trump. Adorariam viver sob aquilo que ele prega. Ou seja, a liberdade, a democracia e o capitalismo.

Viver no mundo da mentira ou da ‘verdade permitida’ pelo politicamente correto causa muitas reações colaterais e muitos desconfortos. É sempre bom lembrar que a guerra semântica deve ser a primeira a ser vencida. A perversão, a corrupção absoluta da linguagem e seu significado foram decisivas para a popularização da mentalidade autoritária dos revolucionários, bem como de suas bandeiras. Daí a necessidade de nos livrarmos das amarras. O caminho é bem longo, mas para nossa sorte temos ainda seres que não se intimidam pelo patrulhamento exercido. Fácil não é!

JORNAL EXRA

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