“Se há um coisa que político teme é manifestação de rua”, disse, nessa segunda-feira (2), da Tribuna, o senador Eduardo Girão, do Podemos do Ceará, resumindo uma verdade que pode ser constatada na divulgação de voto de congressistas a favor do veto dos R$ 30,1 bilhões.

Se algum interessado fosse pesquisar, constataria que, em votações mmenos polêmicas, sob pressão menor, ou nenhuma, poucos ou raros fizeram questão de divulgar seu voto nas redes sociais e para a imprensa. Não divulgaram, porque não havia povo no cangote.

A permeabilidade à pressão popular é absolutamente verdadeira. O povo é o patrão dos políticos – e eles sabe disso. Quando esse “patrão” se irrita, esses “funcionários” se assustam, porque prezam o “emprego”, cuja “estabilidade” é de quatro ou oito anos.

Desse modo, não é exagero dizer que os protestos de 15 de março já são um sucesso. A menos que ocorra uma virada surpreendente – mas não incomum em política, mundo no qual os acordões são sempre uma ameaça –, o veto dos bilhões resistirá à sanha de parte dos congressistas por verbas público para distribuição em proveito próprio em seus redutos eleitorais.

Para ser mais direto e claro: o povo que irá às ruas no dia 15 já prestou um grande serviço ao governo, ao país e à nação. Que isso sirva de lição altamente positiva ao povo, sobretudo àquelas pessoas que ainda não confiam o suficente na força que têm ou não acreditam que, individualmente, que podem ser importantes na luta do certo contra errado.

Senadores que votam a favor do veto. Veja aqui

Caso a boa expectativa se confirme no painel de votação, a partir das 14h, no plenário do Congresso Nacional, terá sido uma vitório dos brasileiros coletivamente e de cada cidadão bem individualmente. Uma vitória sua. Isso mesmo! (Clesio Boeira.)