ONGs atacam governo e “evangélicos fundamentalistas” na ONU

Ativistas reclamaram também dos “ataques a jornalistas” e do “processo de etnocídio”

Uma declaração de mais de 70 organizações brasileiras – em sua maioria de viés esquerdista, foi lida, na terça-feira (10), no Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, em Genebra, para “denunciar” o que chamam de retrocessos no 1º ano do governo Bolsonaro.

“As violações constantes dos direitos da população negra no Brasil precisam ser levadas à comunidade internacional”, disse em entrevista à DW Wânia Sant’anna, vice-presidente do Conselho Curador do Ibase (Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas), que também assinou o manifesto lido na ONU.

Em outra sessão, Sant’Anna pediu aos países presentes, em nome da Coalizão Negra por Direitos, que se juntem aos afro-brasileiros “na luta contra o racismo, lembrando a situação de todos os africanos – homens e mulheres – que foram submetidos à escravidão por séculos”.

Para ela, “as religiões afro-brasileiras têm sido cada vez mais atacadas por líderes evangélicos fundamentalistas – com forte lobby no Executivo e no Congresso Nacional, enfrentando incêndios intencionais, depredação de seus locais sagrados, entre outras ameaças”.

Sem levar em conta o fato que a igreja evangélica brasileira é formada, em sua maioria, por mulheres, pobres e negros, ela acredita que o Estado é incapaz de proteger as religiões afro do “ódio religioso e do racismo”.

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