Governador do Rio alerta: com crise do coronavírus, salário de servidores não está garantido após maio

O governador Wilson Witzel fez um alerta, nesta terça-feira, sobre a situação do funcionalismo estadual em meio à crise provocada pela pandemia do coronavírus. Witzel declarou que, antes desse cenário, o pagamento de servidores estava garantido até o final do ano, mas, agora, não pode dar essa certeza após o mês de maio.

“O salário dos servidores estava garantido até o final do ano. Agora, com essa crise do coronavírus não está garantido nem o do Rio de Janeiro, nem dos outros estados. Vai ser deficiente a arrecadação e, certamente, (vai afetar) Minas Gerais, que já não tem mais como pagar a sua folha, Santa Catarina, Goiás, que estão no limite também, que não têm condições de pagar.

Então, é uma questão nacional”, declarou o governador em entrevista à Record TV. “Evidente que na medida do possível vamos pagar o salário dos servidores. Até o presente momento, está garantido o mês de março, de abril, maio… A minha preocupação é que essa situação seja agravada do meio do ano para frente”, acrescentou.

 Witzel também aproveitou para fazer um apelo à União para evitar a quebra dos estados: “Nós temos que tomar uma decisão de como fazer para socorrer a economia, porque essa situação pode se agravar e talvez não chegue até julho. É preciso encontrar solução para isso”.

Em carta, governadores pedem ajudaEm meio a essa crise, os governadores dos estados enviaram carta ao governo federal pedindo um pacote de socorro com recursos financeiros para a Saúde, crédito do BNDES, além da suspensão do pagamento da dívida com a União.E nesta semana o Ministério da Economia começou a discutir ações para ajuda financeira aos estados.

A ideia é que algumas medidas sejam incluídas no parecer que o deputado Pedro Paulo (DEM-RJ) apresentará ao chamado Plano Mansueto – projeto de lei do Executivo para a ajuda financeira aos governos estaduais e municipais.

 Um dos pontos negociados é a suspensão do pagamento de dívidas com a União por 12 meses.

O Rio de Janeiro também se beneficiaria com essa medida. Pedro Paulo já estava negociando também, antes da crise estourar, a ampliação do Regime de Recuperação Fiscal, de seis para 10 anos. O Plano Mansueto deve ser votado em breve. E o Congresso, inclusive, está preparado para que, se necessário, votações sejam feitas de forma remota, sem a necessidade de concentração de parlamentares no plenário.

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