Candidato do Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB) à prefeitura de Salvador, Cézar Leite se define como de “direita conservadora” e apoiador do presidente da República, Jair Bolsonaro. Leite aposta no discurso alinhado com o de Bolsonaro para crescer nas pesquisas. “Os outros candidatos não citam o nome do presidente. Estão na contramão do Brasil”, diz ele, pontuando que fala abertamente dos valores familiares, cristãos, da defesa da vida, contra drogas, aborto. “Sou um candidato direcionado para pautas importantes aliadas ao governo federal”, dá o recado Leite, o quinto candidato entrevistado na série do grupo A TARDE para ajudar o leitor no momento do voto.

Por quê o Sr. quer ser prefeito de Salvador?

É uma missão como único candidato de direita conservadora, aliado ao presidente Jair Messias Bolsonaro. Os outros candidatos não citam o nome do presidente. Estão na contramão do Brasil. Falo abertamente dos valores familiares, cristãos, da defesa da vida, contra drogas, aborto. Os demais têm falas mais genéricas. Sou um candidato direcionado para pautas importantes aliadas ao governo federal.

Quais serão as prioridades de sua gestão caso o Sr. Seja eleito?

A parte econômica. Precisamos reduzir taxas. Acabar com a indústria da multa. Isso vai ser prioridade para mim. Precisamos fazer um trabalho educativo e não punitivo. Precisamos reduzir os custos da prefeitura. Precisamos “enriquecer “o povo de Salvador. Além disso, teremos a defesa de pautas conservadora.

O Sr. vai administrar uma cidade, se eleito, em plena retomada das atividades devido a pandemia do coronavírus. Como a prefeitura pode contribuir?

Questiono essa questão de retomada. Retomar seria voltar ao estado anterior. Salvador é a cidade do desemprego. Precisamos mudar o direcionamento. Um direcionamento liberal voltado aos empreendedores.

Como o Sr. avalia a postura da atual gestão em relação a atual pandemia?

Uma atuação desastrosa tanto da prefeitura, quanto do governo do estado. Está mais que comprovado que o tratamento com hidroxicloroquina, ivermectina e azitromicina são ideais e reduziram o número de internamentos e óbitos também em vários estudos. Só Deus para fazer o julgamento desses gestores em não utilizarem o tratamento precoce na nossa cidade. Ao contrário de utilizarem o “fique em casa” e só procurar quando a pessoa piorar. Quando a pessoa piora é pelo fato do pulmão estar comprometido. Fora a conduta pífia de fechamento do comércio e do direito de ir e vir das pessoas.

O Sr. é a favor da mudança do Carnaval para outra data. O que o Sr. retende fazer com a festa que movimenta a economia da capital baiana?

Precisamos discutir como estruturar no próximo ano. Não acredito em mudança de data para junho ou julho, já que retira a “simbologia” do mesmo. O Carnaval é uma data turística, que é importante para a economia de Salvador. Precisamos repensá-lo até do ponto de vista dos circuitos Ondina-Barra e Centro Histórico. Precisamos discutir com a sociedade, conselhos, associações e moradores das regiões e não uma decisão de cima para baixo de um único gestor.

Como o Sr. pretende se relacionar com o governo do Estado?

Uma relação institucional baseada no que podemos desenvolver para a cidade. Precisamos de um diálogo técnico, um diálogo franco e aberto para buscar a melhoria dos serviços, sobretudo no conceito da segurança pública.

Como parlamentar, que apoia o governo de Jair Bolsonar, de que forma o Sr espera que ele se posicione nessas eleições?

Independente se o presidente venha apoiar ou não, já estamos ganhando campo no dia a dia. Ele já está com a posição dele de não fazer algum tipo de apoio no primeiro turno. Não me cabe julgar a postura correta que o presidente vem tomando ao longo dos tempos. Nossa missão foi dada e sendo cumprida.

Como o Sr. avalia a atuação do governo federal?

O governo federal vem mostrando uma postura com ênfase em investimentos. Um exemplo é a malha ferroviária e rodoviária. A defesa dos nossos princípios morais como faz o presidente, bem como a inexistência de corrupção no atual governo, o credencia para que continue tendo a confiança do povo. Onde o presidente chega é uma festa.

O Sr. é médico e percebe-se uma cidade ainda com mazelas no sistema de saúde. Como o Sr. pretende contribuir para melhorar o sistema?

Precisamos adquirir convênios com a iniciativa privada e vamos buscar isso. Precisamos qualificar a saúde básica com protocolos específicos para reduzir custos e melhora a eficiência do sistema.

Os protocolos policiais vêm sendo questionados em todo mundo, sobretudo no tratamento com negros, como o Sr vê essa questão?

Nada melhor que muito treinamento. Precisa de melhor estrutura. A nossa Guarda Municipal tem uma estrutura péssima, que sequer, tem um stand de tiro. Uma vergonha o próprio guarda pagar para executar o tiro. A guarda municipal está sob a direção de um amigo do atual prefeito. É preciso de empregar pessoas qualificadas e formadas dentro do processo, ou seja, de pessoas que entendam.

Salvador é uma cidade com grande índice de violência sobretudo nos bairros populares. O que a prefeitura pode fazer para minimizar a questão?

O prefeito ACM Neto recebeu a Guarda Municipal com o efetivo de 1600 servidores, prometeu ampliar para três mil e está atualmente com 1200. Ou seja, menor. Temos projetos específicos, projeto piloto, começando em regiões específicas. Precisamos começar pelo centro histórico, local com grande apelo turístico. A partir daí analisaremos os índices e sendo satisfatórios, iremos expandi-lo.

Ser um apoiador de Jair Bolsonaro pode ser um trunfo nessa campanha?

Ser apoiador de Bolsonaro é mais que um trunfo. É uma missão. Um presidente que, na gestão, até o momento não se ouve falar em corrupção. É um governo para o povo. Um presidente com uma visão diferente em relação aos governos anteriores, vide a redução de cargas tributárias. É um dever meu apoiá-lo!

Caso eleito, como o Sr. pretende lidar com o problema das drogas em Salvador?

É um problema sério tanto em Salvador quanto na Bahia. As gestões petistas foram permissivas para esta expansão. Precisamos resgatar os jovens que já mergulharam nas drogas. Mostrar para ele que é possível que se ocupe outra posição na sociedade. Vamos fazer um trabalho nas escolas, de forma mais efetiva, no combate as drogas.

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